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SchulmanArt: summer day


Os deslimites da palavra
~ Manoel de Barros

Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.

Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.

Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu destino.

Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas

*


 

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