OBSERVARE


O Observatório da Educação Ambiental (OBSERVARE), foi criado em 2019, ano que consagra a ascensão do fascismo por meio da eleição presidencial. Primordialmente, nossos princípios focaram na possibilidade de estarmos unidos para nossa própria defesa. Diálogos, manifestos, atos e táticas que pudessem fortalecer xs educadorxs ambientais brasileirxs para não sucumbir ao processo desintegrador, desencantador e desanimador instaurado pela necropolitica.

Continuamos com os mesmos princípios de RESISTÊNCIA e RE-EXISTENCIA e agora estamos criando um grupo no facebook [https://www.facebook.com/groups/observare/] e outro no what's up: o grupo do face tem função geral, com postagens diversas sobre eventos, publicações, notícias ou outros contextos. O grupo do what's up permaneceu numa esfera política de articulação, mobilização e encaminhamentos. 

BEM-VINDES AO OBSERVARE!

Angélica Cosenza
Celso Sanchez
Fátima Marcomin
Marco Barzano
Mauro Guimarães
Michèle Sato
Philippe Layargues


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O Observatório da Educação Ambiental (OBSERVARE) foi criado em janeiro de 2019, dentro de um contexto muito específico: Reagir ao desmonte da estrutura político-administrativa responsável pela gestão pública da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) no governo federal, a qual vem sofrendo alterações hediondas por decreto no regime do Governo Bolsonaro. Ora alguma perda significativa de conservação ambiental, ora a extinção de coletivos ou leis que perfazem um conjunto de procedimentos da ética socioambiental.

A extinção do Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, e da Coordenação Geral de Educação Ambiental no Ministério da Educação, e a suspensão das ações e programas de Educação Ambiental logo nos primeiros dias de 2019 são exemplos clássicos destas alterações. Com isso fomos obrigados a reagir no sentido de preservar os espaços de discussão, participação e monitoramento da sociedade civil junto às instituições públicas encarregadas das políticas de Educação Ambiental no Brasil.

O OBSERVARE se constitui, assim, como um espaço de resistência política contra o retrocesso institucional no campo da Educação Ambiental. Como um Observatório de políticas públicas, seu foco de ação é o exercício do monitoramento e controle social sobre as ações do governo (federal, estaduais e municipais) nesses tempos ameaçadores de retrocessos na educação, ciência, direitos humanos e proteção ambiental.

Somos uma malha de educadoras e educadores ambientais que cobre todo o território nacional, articulado com as principais formas organizativas dos profissionais envolvidos com a Educação Ambiental. Compreendemos que a raiz latina da palavra OBSERVARE não se limita aos processos simples de olhar passivamente, senão o de acompanhar por meio de ações de táticas participativas e, sobremaneira, cuidar da educação ambiental. É um espaço de responsabilidade coletiva que zela por todos que atuam na educação ambiental.

Nesse sentido, nossa pauta inclui a articulação e mobilização da comunidade brasileira de educadoras e educadores ambientais, para impedir e reverter o desmonte das conquistas históricas no campo da Educação Ambiental. Organizamos protestos, expressamos nossos repúdios, buscamos diálogos e parceiros, além de promover as campanhas públicas para ampliar a divulgação dos retrocessos que comprometem a Política Nacional de Educação Ambiental.

Estamos conscientes que o desmonte da Educação Ambiental brasileira é proposital e faz parte do projeto político bolsonarista de quebrar todas as engrenagens socioeducativas que atuam na formação de quadros da militância política. A Educação Ambiental brasileira ganhou projeção mundial pela sua capacidade de formação de educadoras e educadores, além dos ativistas ambientais, superando o clássico reducionismo que insistia na formação de um sujeito com consciência ecológica limitada à sua esfera privada no mundo doméstico, sem qualquer consciência crítica e política.

A Educação Ambiental brasileira é entranhada pela pedagogia freireana, e forma cidadãos com consciência crítica, que mantêm vivo seu potencial de indignação e contestação contra todas as formas de opressão, injustiça e desigualdade. E para além da civilização, compreendemos que o planeta carece de proteção global de todas as formas de vida e de seus elementos que estão intrinsecamente conectados no tecido que ressignifica a Terra, para que esta e futuras gerações não tenham a esperança roubada.

Paulo Freire: muro de Santiago do Chile

Chico Mendes: muro da Califórnia, EUA

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