EA -- EDS

 MINI-CURSO 8h.


A Educação Ambiental (EA), em especial no Brasil e América Latina, revestiu-se de um debate politizado, nos diálogos intrínsecos da cultura e natureza, provavelmente com início na década de 60, com os movimentos da contracultura.

Em 2005, a UNESCO lançou um vasto programa mundial intitulado “Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS)”, que finalizou em 2014 com poucas alterações significativas.

Depois teve um curto 5 anos de preparo, para que em 2019, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovasse uma nova década da EDS, para os anos de 2020-2030.

Como poucas pessoas acompanharam este movimento, estamos propondo um debate sobre o assunto no dia 31 de maio de 2021 (2ª. Feira), as 15h de Cuiabá e 16h do Rio de Janeiro, com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCzZlc8bs2lavQh0o8Wjiecw


ENTRE TRAMAS, CÍRCULOS E RETAS:
Educação AMBIENTAL e
Educação para o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


5 textos são oferecidos para melhor compreensão sobre as aproximações e distanciamentos destas duas “educações”:

Texto 1
JICKLING, Bob. Why I Don't Want My Children to Be Educated for Sustainable Development. Journal of Environmental Education, v 23, n 4, p. 5-8, July 1992.
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Texto 2
MEIRA, Pablo; SATO, Michèle. Só os peixes mortos não conseguem nadar contra a correnteza. Revista de Educação Pública, v.14, n.25, 17-31p., 2005.
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Texto 3
SAUVÉ, Lucie; BRUNELLE, Rennée; BERRYMAN, Tom. Educar para el debate - Políticas nacionales y educación ambiental. Trayectorias, año VIII, n. 20-21, p. 74-88, 2006.
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Texto 4
UNESCO. Shaping the Future we want: UN Decade of Education for Sustainable Development (2005-2014). Paris: UNESCO, 2014.
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Texto 5
UNESCO. Education for Sustainable Development in the framework of the 2030 Agenda for Sustainable Development. Paris: Unesco, Resolution adopted by the General Assembly A/RES/74/223, 19/12/2019. 
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Lembrando que um evento sobre esta orientação da década 2020-30 está plenamente sendo realizada (início em 17/05/2021) com simultaneidade pelo Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=06FzinLxEo0

Aos participantes, ofereceremos *certificação de 8 horas* – 4 horas de live e 4 horas de leitura dos textos.
Inscrições (aceitas somente no dia):
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdKSr-OQr41xSh8yFnTs1F5Tqn3oVyNoVMkNi6oWnrkSro3Kg/viewform

Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte, GPEA – UFMT

Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental desde el Sur, GEASur – UNIRIO


31/05/2021 – 15h (Cuiabá) | 16h (Rio de Janeiro)

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OUTRAS REFERÊNCIAS

GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2008.
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GUTIÉRREZ, José; BENAYAS, Javier. Educación para el desarrollo sostenible. Revista Iberoamericana de Educación - Número 40, Enero-Abril, p. 1-3, 2006.
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MEIRA, Pablo. Elogio de la educación ambiental. Trayectorias, Año VIII, N. 20-21 enero-agosto. p. 41 – 51, 2006.
[download]

SATO, Michèle. Horizontes narrativos de la educación ambiental. Carpeta Informativa CENEAM. Segovia: CENEAM, MMA-ES, 308-318, 2006.
[download]

SAUVÉ, Lucie. Environmental Education and Sustainable Development: A Further Appraisal. Canadian Journal of Environmental Education, v1, p7-34, 1996.
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PASTA de documentos
Inúmeros artigos relacionados com a discussão sobre SUSTENTABILIDADE
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Ana Tereza Barboza, México


O manifesto pela Educação Ambiental foi escrito em 2005, por ocasião do lançamento da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro. Os educadores ambientais brasileiros defenderam a identidade construída no âmbito da educação AMBIENTAL, rejeitando o caráter economicista encerrado na orientação do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O manifesto foi traduzido em 10 idiomas e percorreu o mundo com o grito e com a esperança da EDUCAÇÃO AMBIENTAL.


Manifesto pela Educação Ambiental

Rio de Janeiro, 03 de junho de 2005.

Nós, Educadoras e Educadores Ambientais presentes no Congresso Ibero Americano sobre Desenvolvimento Sustentável (Sustentável 2005) no Rio de Janeiro, nos dias 31 de maio - 02 de junho, em que foi lançado oficialmente pela UNESCO na América Latina a "Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável", vimos manifestar e conclamar a adesão de outros educadores a afirmar a nossa identidade com uma discussão histórica a respeito da Educação Ambiental, de mais de 30 anos, no que se refere aos seus princípios, objetivos e diretrizes, com sentidos construídos no embate deste processo.

Desta forma manifestamos o nosso estranhamento sobre os seguintes pontos desta proposta da UNESCO:
- a substituição do atributo político "ambiental" da educação para uma orientação econômica do "desenvolvimento sustentável", num evocativo evolucionista como se Educação para o Desenvolvimento Sustentável (EDS) fosse uma evolução natural de uma Educação Ambiental (EA)superada e ineficaz;

- a indicação funcionalista e finalista da visão de Educação quando a coloca para alguma coisa (Educação para o Desenvolvimento Sustentável), ainda mais sendo esse o desenvolvimento sustentável, conceito/noção ainda sem um sentido claro e bastante criticado por quem acredita que nessa ideia cabe a manutenção da racionalidade economicista/desenvolvimentista, um dos pilares da crise socioambiental da atualidade;

- a orientação da educação como mero instrumento da visão desenvolvimentista por um período de dez anos, quando reconhecemos que necessitamos de uma educação livre e autônoma por um processo permanente;

- o tratamento impositivo da proposta que veio a desconsiderar (e pouco consultar) toda uma tradição desta discussão na América Latina (AL), com a construção de referenciais teóricos de uma Educação Ambiental crítica, emancipatória, transformadora, herdeira de uma discussão anterior e contemporânea extremamente forte na AL sobre Educação Popular. Também como reflexo deste tratamento à marcação de uma década, referência temporal da sociedade moderna ocidentalizada, desconsiderando as referências temporais de outras culturas, como as orientais, mulçumanas, judaica, indígenas, entre outras.

Sendo assim, assinam esse manifesto educadores ambientais que desejam afirmar sua identidade com a Educação Ambiental.

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