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Notícias / Comportamento
Número de imigrantes deve aumentar e brasileiro se tornará mais xenófobo, alerta pós-doutora da UFMT
da Redação - Isabela Mercuri
22 Jan 2020 - 17:00
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Foto: Reprodução
O cenário é distópico e desanimador, mas, segundo a pesquisadora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e ambientalista Michèle Sato, não tem como ser diferente: cada vez mais pessoas vão fugir de seus lugares de origem em decorrência da crise climática, principalmente para o Brasil. Em consequência, o brasileiro se tornará mais xenófobo e o processo migratório, que já é perverso e excludente, será ainda mais cruel.
Este é o alerta que ela – e um grande número de pessoas em todo o mundo – tenta fazer há anos. Recentemente, articulou a criação da ‘Coalizão pelo Clima’ em Mato Grosso e, com isso, uniu-se a partidos políticos, Organizações Não Governamentais (ONGs), Centros Acadêmicos e outras entidades da sociedade civil para debater e promover ações de informação e combate à crise climática.
Segundo Michèle, o contexto atual da migração é diferente de todos os outros momentos da história, e só tende a piorar. Isto porque há um ‘boom’ de pessoas migrando, vítimas desta crise climática – apesar de ela já ser antiga. “A dimensão climática é antiga, contudo, pouco falada, pouco percebida e politicamente deliberadamente invisibilizada, porque ela mexe com lobbys tradicionais do petróleo, do agronegócio, então não é vantagem para o capital ficar falando”, contou ao Olhar Conceito.
Formada em Ciências Biológicas em São Paulo, mestre em Filosofia na Inglaterra, doutora em ciências pela Ufscar, pós-doutora em educação no Canadá e Espanha, Michèle segue a linha do químico holandês Paul Crutzen, vencedor do prêmio Nobel em 1995, quando nomeou a era geológica atual de ‘antropoceno’. “Chamar essa era de antropoceno é bastante interessante porque responsabiliza a humanidade sobre a terra”, afirma.
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Número de imigrantes deve aumentar e brasileiro se tornará mais xenófobo, alerta pós-doutora da UFMT
da Redação - Isabela Mercuri
22 Jan 2020 - 17:00
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Foto: Reprodução
O cenário é distópico e desanimador, mas, segundo a pesquisadora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e ambientalista Michèle Sato, não tem como ser diferente: cada vez mais pessoas vão fugir de seus lugares de origem em decorrência da crise climática, principalmente para o Brasil. Em consequência, o brasileiro se tornará mais xenófobo e o processo migratório, que já é perverso e excludente, será ainda mais cruel.
Este é o alerta que ela – e um grande número de pessoas em todo o mundo – tenta fazer há anos. Recentemente, articulou a criação da ‘Coalizão pelo Clima’ em Mato Grosso e, com isso, uniu-se a partidos políticos, Organizações Não Governamentais (ONGs), Centros Acadêmicos e outras entidades da sociedade civil para debater e promover ações de informação e combate à crise climática.
Segundo Michèle, o contexto atual da migração é diferente de todos os outros momentos da história, e só tende a piorar. Isto porque há um ‘boom’ de pessoas migrando, vítimas desta crise climática – apesar de ela já ser antiga. “A dimensão climática é antiga, contudo, pouco falada, pouco percebida e politicamente deliberadamente invisibilizada, porque ela mexe com lobbys tradicionais do petróleo, do agronegócio, então não é vantagem para o capital ficar falando”, contou ao Olhar Conceito.
Formada em Ciências Biológicas em São Paulo, mestre em Filosofia na Inglaterra, doutora em ciências pela Ufscar, pós-doutora em educação no Canadá e Espanha, Michèle segue a linha do químico holandês Paul Crutzen, vencedor do prêmio Nobel em 1995, quando nomeou a era geológica atual de ‘antropoceno’. “Chamar essa era de antropoceno é bastante interessante porque responsabiliza a humanidade sobre a terra”, afirma.
No entanto, atualmente, alguns teóricos – ela inclusa – já questionam o termo. “Ele é interessante, traz à baila a importância da humanidade no planeta, contudo, nós não somos iguais. Um fazendeiro que tem criação de gado e elimina gases do efeito estufa, não pode ser o mesmo causador da mudança climática que um trabalhador da periferia que tem poucas condições de fazer essa alteração. Então muitos teóricos, inclusive eu, estamos chamando isso de capitaloceno”.
Neste capitaloceno, segundo a pesquisadora, são a crise climática e as guerras híbridas que expulsam as pessoas de sua terra natal – mesmo que o próprio imigrante não diga isso. No caso dos haitianos, por exemplo, a justificativa é sempre a falta de emprego que, segundo ela, foi causada pela falta de água no campo e na cidade.
“Esse discurso você não vê só nos haitianos, que passaram um terremoto em 2010 que foi o divisor de água econômico daquele país. Se você se deslocar para a Venezuela, que até recentemente tinha uma qualidade de vida muito bacana: O que aconteceu que de repente virou refém de tanta pobreza? A exploração do petróleo. Então vem toda uma maquinaria dessa – que a gente está chamando de guerra híbrida agora – dos Estados Unidos sobre a Venezuela, e todas as armas coloridas que cercaram a economia”.
Uma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, em um prazo de cinquenta anos, um bilhão de pessoas vão migrar. Segundo Michèle, o Brasil terá que se preparar para isso, já que grande parte destas pessoas desembarcará por aqui. “Você obstaculiza, por exemplo, em termos da entrada dos imigrantes no Brasil. O excessivo número de documentos exigidos para se entrar nesse país é completamente irreal daqui a no máximo 30 anos! Porque vai empipocar tanto desastre climático, que as pessoas vão fugir dos seus locais. E o Brasil não está preparado para receber esses migrantes sem documentação”, garante.
Como consequência, a atual visão do Brasil como um país acolhedor deve mudar. “O Brasil tende a ser mais xenófobo, a não acolher mais os imigrantes, porque vai aumentar bastante [o número]”, afirma Michèle. “Nós estamos passando por um período conturbado de uma crise verdadeira, global, universal, e os desastres vão acontecer, as migrações vão acelerar, vão se intensificar e vai vir muita gente para o Brasil”.
Dentro do Brasil, Cuiabá se destacará por não estar na costa: “A longo prazo, o Andes vai derreter, a água do mar vai levantar, o Atlântico vai subir. E aqui vai ser um lagoão na Amazônia. Então [a população de] países como Venezuela, Colômbia, Equador, vai vir para cá, e os povos amazônicos também”, lamenta.
Venezuelanos acampados na Rodoviária de Cuiabá (Foto: Wesley Santiago / Olhar Direto)
Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho da Coalização do Clima em Mato Grosso pode acessar o blog da Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental (Remtea) AQUI, e acompanhar a pesquisadora em seu canal no Youtube.
Neste capitaloceno, segundo a pesquisadora, são a crise climática e as guerras híbridas que expulsam as pessoas de sua terra natal – mesmo que o próprio imigrante não diga isso. No caso dos haitianos, por exemplo, a justificativa é sempre a falta de emprego que, segundo ela, foi causada pela falta de água no campo e na cidade.
“Esse discurso você não vê só nos haitianos, que passaram um terremoto em 2010 que foi o divisor de água econômico daquele país. Se você se deslocar para a Venezuela, que até recentemente tinha uma qualidade de vida muito bacana: O que aconteceu que de repente virou refém de tanta pobreza? A exploração do petróleo. Então vem toda uma maquinaria dessa – que a gente está chamando de guerra híbrida agora – dos Estados Unidos sobre a Venezuela, e todas as armas coloridas que cercaram a economia”.
Uma projeção da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que, em um prazo de cinquenta anos, um bilhão de pessoas vão migrar. Segundo Michèle, o Brasil terá que se preparar para isso, já que grande parte destas pessoas desembarcará por aqui. “Você obstaculiza, por exemplo, em termos da entrada dos imigrantes no Brasil. O excessivo número de documentos exigidos para se entrar nesse país é completamente irreal daqui a no máximo 30 anos! Porque vai empipocar tanto desastre climático, que as pessoas vão fugir dos seus locais. E o Brasil não está preparado para receber esses migrantes sem documentação”, garante.
Como consequência, a atual visão do Brasil como um país acolhedor deve mudar. “O Brasil tende a ser mais xenófobo, a não acolher mais os imigrantes, porque vai aumentar bastante [o número]”, afirma Michèle. “Nós estamos passando por um período conturbado de uma crise verdadeira, global, universal, e os desastres vão acontecer, as migrações vão acelerar, vão se intensificar e vai vir muita gente para o Brasil”.
Dentro do Brasil, Cuiabá se destacará por não estar na costa: “A longo prazo, o Andes vai derreter, a água do mar vai levantar, o Atlântico vai subir. E aqui vai ser um lagoão na Amazônia. Então [a população de] países como Venezuela, Colômbia, Equador, vai vir para cá, e os povos amazônicos também”, lamenta.
Venezuelanos acampados na Rodoviária de Cuiabá (Foto: Wesley Santiago / Olhar Direto)
Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho da Coalização do Clima em Mato Grosso pode acessar o blog da Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental (Remtea) AQUI, e acompanhar a pesquisadora em seu canal no Youtube.
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· Aloisio Rusch
24 Jan 2020 às 18:44
O reconhecimento dos grandes dilemas já humanidade e de cada um de nós podem ser elucidados pelo perspicácia da análise de Michelle. Aliar a ciência à fé na ação politica .
Querido Aloisio
Agradeço o tempo dedicado à leitura e ao comentário, que me faz respirar melhor, sabendo de seu talento. Um fraterno abraço!
· Marjorie
24 Jan 2020 às 17:08
Excelente análise, Michele. Parabéns! Não podemos fechar os olhos para esta , que é uma das questões cruciais de nossa época. Os impactos causados pelas mudanças climáticas são nefastos, ameaçando a vida humana e não humana no planeta. Não podemos esquecer que fenômenos climáticos já provocam migrações há muito tempo. Secas e inundações não começaram a acontecer agora, mas estão se agravando devido as mudanças climáticas. Alguns comentários fora de propósito que li aqui, são pessoas completamente ignorantes a respeito do assunto. Devem com certeza, acreditar que aquecimento global é " conspiração marxista" e coisas do gênero.
Querida Marjorie
Muito agradecida pela leitura e comentário. Temos que estudar as migrações nordestinas, que não recebeu este nome, mas que a seca expulsou muita gente... Beijo!
· Jessica Trujillo
24 Jan 2020 às 15:35
Matéria super interessante. Ainda temos muito à discutir e fazer. As ofensas de alguns comentários não ajudam em nada! Obrigada Michèle Sato, obrigada Olhar Conceito por abrir essa possibilidade de diálogo trazendo temas tão relevantes e invisibilizados.
Querida Jess
Grata pelas palavras, pela amizade, por estar do meu lado. BEIJÃO GRANDÃO pra vc e pra minha netinha Clara.
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· Debora Moreira
24 Jan 2020 às 15:14
Muito preocupante o cenário que se avizinha, o colapso climático é uma realidade sentida em muitos países e inclusive no Brasil, os retirantes nordestino são exemplos disto. O triste é a ignorância e o egoísmo do "cidadão de bem", cegos pela fé. Bons "cristãos", que não se solidarizam com as injusticas e violações de direitos humanos.
Querida Debinha
Que me ensina muito e que comigo debateu sobre guerras híbridas e crise da Venezuela! Grata pela aprendizagem conjunta! Grata pela amizade! Beijo de carinho infinito.
· João Figueiredo
24 Jan 2020 às 14:33
Precisamos ter a sabedoria necessária para verificar o que é verdadeiro diante do falso. Michèle Sato conhece bem sobre o que está falando. Fala de verdades experimentadas e não de falsas verdades elaboradas no vazio de vida. Precisamos usar a pedra de toque para reconhecer quantas falsas afirmativas e inverdades são propagandas em defesa de uma exploração desmedida da vida e das pessoas.
Querido Jão
Saudades! Deste teu sábio olhar sobre o mundo com fome de ajudar o mundo. Gratidão por todas as boas coisas como leitura, comentário e amizade!
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· Maria Do Carmo
24 Jan 2020 às 14:15
Entender a interdisciplinaridade que envolve a pesquisa hoje, certamente é para poucos. A Prof Michele faz com maestria e harmonia uma discussão que vai além da interdisciplinaridade, por prever em seus argumentos o presente (vê Post) e para o futuro na área em que investigou. parabéns professora!!!!
Querida M. Carmo
Agradeço pelas belas palavras de encanto e estímulo! Me fez acreditar que sigo no caminho certo!
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· Andreia Franceschetto
24 Jan 2020 às 14:04
Uma visão sempre sagaz e planetária Michèle!!! Seu protagonismo no embate climático e ambiental é muito importante não só pra MT. Na sua figura, da REmteA e todos que lutam pelas pautas ambientais e tem sido alvo de perseguições, isso só demonstra que estamos no caminho certo e podemos ser resistência junt@s!
Querida Dea
De mesmos amores felinos, plantas, pedras e mundo. Que bom ter você nos comentários! Muito obrigada sempre, querida amiga!
· Tatiani
24 Jan 2020 às 13:55
Excelente matéria! Como é importante e fundamental os estudos, e pesquisas, acerca da temática da migração climática. Pois nosso planeta clama e sofre com as ações humanas e o capitalismo voraz de um sistema excludente e desigual. A ciência, as pesquisas irão contribuir com a sociedade! Triste em ver comentários maldosos, discriminatórios e xenofóbicos. Mais confiante que ninguém solta a mão de ninguém!
Querida Tati
Minha doce orientanda que esbanja charme e inteligência. Super comprometida e disciplinada nos estudos: tenho orgulho e carinho por ti! Agradeço seu comentário.
· CRISTIANE CAROLINA DE ALMEIDA SOARES
24 Jan 2020 às 13:52
Agradeço a partilha dos conhecimentos de Michèle Sato, uma das grandes referências no estudo dos Fluxos Migratórios. Este tema é urgente, alarmante e precisa ser pautado em nossos debates.
Querida Cris
É mesmo muito importante, não é? Bem sabemos nas nossas noites de estudos e pesquisas sobre educação ambiental. GRATIDÃO pela amizade!
o
· Priscilla Amorim
24 Jan 2020 às 13:49
Ótima e precisa reflexão. Parabéns, Michèle por nos permitir compreender este assunto tão presente em nosso cotidiano de forma crítica e necessária...
Querida Pri
Agradeço sua presença, não somente neste comentário, mas na minha vida. Tenho muito orgulho e carinho e estou feliz em caminhar contigo neste seu doutorado!
· Ana Maria D. Soares
24 Jan 2020 às 13:22
Excelente entrevista. Claro, objetivo e coerente o posicionamento da prof° Michele Sato, pesquisadora de renome nacional e internacional, que sempre contribui para fortalecer a luta em defesa da vida neste planeta tão castigado pela ambição dos que não querem perceber o caos instalado.
Querida Ana
Doçura de amiga querida, sempre presente na minha vida! Agradeço a força Ana, penso ser importante “disputar” estes espaços por meio da nossa EA.
· Valquíria
24 Jan 2020 às 12:54
Diante da excelente entrevista e de alguns comentários absurdos é preciso pacientemente refletir na perspectiva educadora: Então para comentar algo é necessário primeiro ler a matéria e entendê-la, se não sabe algo com profundidade procure buscar, pesquisar sobre, aprofundar e principalmente se ficou com alguma dúvida, ou se discorda de algum ponto, especialmente se vai discordar de alguém que é pesquisadora e especialista na área. Para não ficar pagando mico ou só destilando ódio pelo ódio e sem compreender o que está de fato falando, aliás, essa é uma estratégia adotada nas redes sociais de quem não sabe exatamente o que dizer, que não tem nenhum argumento sólido. Excelente e necessária a entrevista da professora Miclêle, quem respeito profundamente por toda sua atuante trajetória socioambiental. Necessária! Para que se entenda as causas dentro de um sistema destruidor globalizante as causas que vão sendo sentidas e reveladas em.diferentes proporções e em diferentes lugares do mundo. Mudanças socioambientais globais e uma das consequências é a migração é a disputa por territórios menos atingidos ou mesmo aqueles que irão se modificar e que irão oferecer outras condições de subsistência. E a causa ni final das contas é o uso dos combustíveis fósseis dentro de toda a lógica
Querida Val,
Que tem partilhado várias emoções nestes últimos tempos! Agradeço suas palavras, leitura e carinhosa “defesa”. Que bom ser sua amiga!
· Suzani
24 Jan 2020 às 11:28
Maravilhosa matéria! Muito obrigada
Querida Suzani
Super grata pelo comentário! Um beijo doce
· Terezinha Marisa
24 Jan 2020 às 11:25
Michele Sato é uma referência e sabe o que está falando, é preciso acabar com essa cultura do ódio pelo ódio.
Querida Tere,
Temos mesmo que transmudar esta força do ódio pela energia que tempera nossas lutas! Muito obrigada pela leitura, carinho e amizade.
· MARILIA FREITAS DE CAMPOS TOZONI REIS
24 Jan 2020 às 11:20
Boa e importante análise.
Querida Marília
Adorei sua presença, você é massa! Beijo com gratidão!
· Terezinha Marisa
24 Jan 2020 às 09:55
É preciso modificar essa cultura do ódio, que não acrescenta em nada. Todo esse processo não é construtivo e não auxilia nas discussões sobre um tema tão importante.
Querida Tere,
Verdade! Mas vamos seguindo pq a Terra tem pressa!
· Angelica cosenza
24 Jan 2020 às 09:35
Parabéns Michele...seu texto esclarece a relação entre capitalismo e mudanças climáticas, assim como os efeitos às populações e comunidades já tão afetadas pela desigualdade e pobreza. Não é a toa que sua produção e você seguem cada vez mais respeitadas no Brasil e exterior. Viva a ufmt também , Universidade pública que nos honra com seu compromisso social... sigamos firmes sem nos deixarmos abalar pela falta de conhecimento e ignorância que nos ronda.
Querida Angel
Acho que já tínhamos iniciado este papo há um tempo, sempre bom renovar nossos esforços para divulgar na mídia. Adorei seu comentário, você é sempre certeira! Grata e beijinho
· Mauro
24 Jan 2020 às 09:00
É o egoísmo ao pensar em excluir o outro, seres humanos em dificuldade em países empobrecidos, que tem levado a esse mundo cada vez mais violento e degradado eticamente. A falta de solidariedade humana nesses comentários, demonstra essa decadência moral que estamos vivendo.
Querido Mauro
Você vem que das bandas da Espanha sabe dizer como a migração tem gerado tristezas... Vamos precisar de muita força para reconstruir este planeta! Grata!!!
· Liane
24 Jan 2020 às 08:36
Os comentários aqui publicados demonstram pelo menos dois problemas: (1) a falta de capacidade de interpretação e entendimento dos leitores e leitoras (2) o ideologismo cego dos que preferem ignorar as consequências que resultam deste modelo político e econômico insustentável que domina o planeta. É realmente lamentável...
Querida Liane
Lamentável mesmo, mas vamos em frente porque a Terra precisa de nós e de seu talento, dedicação e compromisso. Grata por tudo!
· Glauco Villas Bôas
24 Jan 2020 às 08:18
Fico preocupado com a maioria dos comentários sobre está excelente entrevista. É impressionante como as pessoas não conseguem evoluir além de um pensamento binário , o bem e o mal, esquerda direita e consequentemete agridem tudo aquilo que não está ao alcance de sua percepção limitada. É uma pena Michele que isto aconteça. Quando já não houver mais tempo para uma reflexão e compreensão da necessidade de mudanças sérias do modo de produção e consumo para salvar a vida no planeta, estas pessoas provavelmente estarão sorrindo para selfies, numa praça de alimentação do seu shopping, num intervalo de compras de produtos de marca ou do celular de última geração. Como disse Georgescu Reagen : as amebas restarão e agradecerão por bilhões de anos a energia que vem do sol
Querido Glauco
De amebas a dinossauros, temos que ter paciência de Jó com certas ignorâncias e mal costumes, parece que ninguém se importa mais em ser mal-educado, duvidam das ciências, menosprezam pesquisas... Vamos ter que dar duro!!! Grata pelo apoio!
· Celso
24 Jan 2020 às 08:12
Excelente matétia , fundamental discussão e evidencia o papel essencial que a imprensa tem nesse momento de obscurantismo. A tese da Professora se confirma nos comentários agressivos xenofóbicos e tapados. Há uma evidente ação articulada nestes comentários. Vivemos tempos sombrios e certamente o clima vai esquentar. Parabens à Olhar Conceito
Querido Mano Celso
Amigo, parceirão, meu irmãozinho! Grata-grata-grata! Você é tudodibom na minha vida!
·
· Antônio Fernando Silveira Guerra
24 Jan 2020 às 06:40
É impressionante tanta ignorância, argumentos sem um único fundamento e as agressões e ódio que algumas pessoas expressam gratuitamente para ofender uma pesquisadora reconhecida no país e no mundo Segue a vida professora Michèle Sato. Cumprisse tua missão de educadora. Acreditando ou não em aquecimento global e na crise climática, e lembrando o poeta Mário Quintana, "Eles passarão, eu passarinho".
Querido Guerreiro
Agradeço muito você ter feito a leitura, ter comentado e mais do que isso, ter feito um movimento bonito de defesa! Grata sempre por todas as brisas boas que só vc sabe assoprar com talento, paixão e ação!
- Zeca23 Jan 2020 às 12:37Vetado por conter expressões ofensivas e/ou impróprias, denúncias sem provas e/ou de cunho pessoal ou por atingir a imagem de terceiros. Queira por favor refazer seu comentário e reenviá-lo.
- bom senso23 Jan 2020 às 09:13Discordo. Os venezuelanos não fugiram de adversidades climáticas. Os muçulmanos brigam internamente em seus países e fogem para outros países. Isso não é correto. Cada um que resolva seus problemas dentro de seus países. Se o problema for climático, peçam socorro para a ONU para implantar sistemas de irrigação e resolver os problemas. Se os problemas dos imigrantes fosse climático, os australianos estariam abandonando o país em massa.
- Zeca23 Jan 2020 às 09:11Matéria sem aproveitamento. Essa mulher fala sem nenhum fundamento. Conversa fiada blá, blá, blá de professor metido a intelectual.
- Jr23 Jan 2020 às 07:45Êta fuminho bão
- Walter22 Jan 2020 às 23:24Deixa eu ver se entendi, a nobre "historiadora" afirma que devido a crise climática vão aumentar as imigrações, e que os refugiados vão fugir para Cuiabá? Essa pessoa só pode estar de brincadeira. Se quando em cheguei no mato grosso em 1987 já era quente toda vida, e os mesmo cientistas dizem que tem subido 1°C por década, então Cuiabá está 3 graus mais quente. Como alguém fugiria do aquecimento global para o lugar mais quente do planeta? Parei de ler a matéria ali. Não dá pro meu limitado entendimento aceitar
- Al Yetter22 Jan 2020 às 22:08Very well written and thought provoking, Mimi...Unfortunately, no one will act...
- Paolo22 Jan 2020 às 21:39Brasil já sem emprego pra 12 milhões e ainda vem neguinho de fora pá acaba de esculhambar...tá uma beleza.
- Cesar22 Jan 2020 às 21:19Mais uma profeta do apocalipse. Só não entendi porque utilizar a foto de venezuelanos pra falar de tragédia ambiental... venezuelanos estão fugindo da miséria resultante dos governos de Hugo Chaves e Nicolás Maduro.....
- Domenico22 Jan 2020 às 20:27Pegue seu chapéu de alumínio e me acompanhe nessa viagem incrível!
- alexandre22 Jan 2020 às 20:26Misturar clima com teoria socialista, nada a ver..os socialista também queimam combustível fóssil.sempre UFMT
- Victor22 Jan 2020 às 19:55Ué.. vão vir para o Brasil, logo aqui que "tanto destruímos o meio ambiente, que vivemos em uma ditadura"... Mimimimi
- Kleber Venâncio22 Jan 2020 às 17:50"...distopico...". . Mi-mi-mi.
Um comentário:
As Mudanças Climáticas acentuam os extremos do clima, provocando secas mais intensas, temporais mais destruidores, vendavais mais fortes, ondas de calor excessivas, e em várias partes do planeta, as áreas de risco hidro geológico na faixa tropical serão particularmente afetadas; expulsando camponeses, povoados rurais e povos tradicionais de seus territórios ancestrais. A correlação que a Dra. Sato estabeleceu - instalação do "novo normal climático", aumento de desastres ambientais, migração de refugiados climáticos e xenofobismo - amparada pelo máximo rigor metodológico da produção intelectual na Universidade Pública brasileira, não só está correta, como traz importantes desdobramentos: na dimensão acadêmica, estimula a pesquisa interdisciplinar sobre as mudanças climáticas, urbanismo, estudos populacionais e epidemiológicos a traçar cenários futuros; na dimensão política, estimula governos civilizados e pautados pela ética da ampliação do campo dos direitos, a elaborar planos de atenção aos refugiados climáticos. Isso não é teoria conspiratória socialista, é espírito público e senso de humanidade.
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