domingo, 7 de junho de 2020

Pedro Oswaldo Cruz, neto do médico e cientista que dá nome à Fiocruz, morre no Rio

Por Nicolás Satriano, G1 Rio

 


Fotógrafo Pedro Oswaldo Cruz, neto do médico e cientista Oswaldo Cruz, morre no Rio — Foto: Reprodução/Facebook

Fotógrafo Pedro Oswaldo Cruz, neto do médico e cientista Oswaldo Cruz, morre no Rio — Foto: Reprodução/Facebook

O fotógrafo Pedro Oswaldo Cruz, de 79 anos, neto do médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz – que dá nome à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)–, morreu neste sábado (6), no Rio de Janeiro, vítima de Covid-19. A informação foi confirmada pela historiadora e curadora de arte Vanda Klabin, cunhada do fotógrafo.

"Ele faleceu devido a uma série de fatores, né? Porque ele estava com a infecção da Covid e, somado a isso, uma infecção bacteriana também. Então, estava fazendo hemodiálise, fez ventilação mecânica e ia fazer uma traqueostomia, ontem. Ele foi internado no dia 14 [de maio] e entubado na mesma madrugada", explicou Klabin.

Vanda Klabin é irmã de Maria Christina Mangia Oswaldo Cruz, de 74 anos, que também precisou ser internada ao ser infectada com o novo coronavírus. Maria Christina, no entanto se recuperou e estava em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Pedro Oswaldo Cruz estava internado no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, também na Zona Sul.

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — Foto: Leonardo Oliveira/Divulgação/Fiocruz

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) — Foto: Leonardo Oliveira/Divulgação/Fiocruz

"Era um excelente fotógrafo. Teve início no final dos anos sessenta, com aquela geração de fotógrafos bastante requintados e complexos, né?, fotografia em preto e branco, de estúdio. E produziu vários livros de arte. Vários", comentou Vanda Klabin.

A historiadora disse que Pedro Oswaldo Cruz deve ser sepultado na segunda-feira (8) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, onde há um jazigo da família Oswaldo Cruz. Os trâmites para a cerimônia ainda estavam sendo resolvidos pelos parentes.

Fiocruz completa 120 anos

No último dia 25, a Fiocruz completou 120 anos em meio ao que a própria instituição classificou como o "maior desafio sanitário, econômico, social, humanitário e político do século 21": a pandemia da Covid-19.

Inicialmente com o nome de Instituto Soroterápico Federal, a entidade foi criada com o objetivo de combater epidemias como a da peste bubônica, da febre amarela e da varíola, ameaças à população da capital da República, que na época era o Rio de Janeiro.

O Castelo da Fiocruz foi erguido na fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, na periferia da antiga capital federal — Foto: Acervo da Casa de Oswaldo Cruz

O Castelo da Fiocruz foi erguido na fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, na periferia da antiga capital federal — Foto: Acervo da Casa de Oswaldo Cruz

Passados 100 anos, a Fundação Oswaldo Cruz, já batizada com o nome do médico e cientista, é a maior instituição de pesquisa biomédica da América Latina.

"A Fundação, presente em todas as regiões brasileiras, vem se dedicando diuturnamente a apresentar propostas e soluções, a elaborar pesquisas que respondam a perguntas ainda sem resposta, a formular e implantar ações estratégicas de atenção e promoção da saúde, como a construção do Centro Hospitalar para a Pandemia Covid-19, uma ação de referência com o Ministério da Saúde, entre muitas outras iniciativas", declarou a atual presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, quando a instituição completou 120 anos.

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