Nós, educadores e educadoras ambientais, prestamos nossa solidariedade as vítimas, as famílias, aos amigos e ao povo do Espírito Santo que sofrem a dor da ferida feita pelo ato covarde, cruel, patológico e de extrema violência nas escolas: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti e no Centro Educacional Praia de Coqueiral, localizadas no município de Aracruz-ES. Nesse ataque brutal, 13 pessoas ficaram feridas levando à quatro vidas ceifadas da pior maneira, sendo três professoras e uma estudante de apenas 12 anos. A escola, lugar supostamente seguro, onde se planta sonhos e esperanças, tornou-se, na última sexta-feira (25/11/2022), lugar de violência e de tristeza.
Manifestamos a importância do trabalho desenvolvido pelas professoras que nos deixaram, e que, deixam para as futuras gerações suas lições de ciências, porém, mais do que isso, sua própria experiência de vida como exemplo de luta em defesa da vida. Embora todas as vidas sejam igualmente importantes, registramos a atuação da companheira que deixou marcas profundas na sua luta por justiça ambiental, a Socióloga e professora Flávia Amboss Merçom, que participava da gestão e que lutou contra as injustiças ambientais do crime de Mariana.
Nós educadores e educadoras ambientais, impactados com o crescimento da extrema direita de grupos neonazistas e neofascistas estimulados por sinais subliminares implícitos e explícitos, muitas vezes até por autoridades como o atual presidente e seus “seguidores”, não podemos permitir deixar passar impune essa violência.
O fomento ao ódio e todas as manifestações a favor das armas são expressões da violência que favorecem mais crimes hediondos. Os manifestantes destas exteriorizações de ódio são, portanto, responsáveis pela tragédia ocorrida, fruto do estímulo ao armamentismo e ao exagerado culto militar. Entendemos que quem cometeu esses crimes assombradores não é apenas um jovem de 16 anos completamente fora de seu altruísmo, mas um sistema de necropolítica que facilitou o seu acesso às armas, que estimulou a violência e que fez nascer e crescer na nossa sociedade um espírito de violência e que precisa ser imediatamente combatido.
Essa nota expressa a nossa dor e a nossa solidariedade às famílias e vítimas, mas também é um grito de repúdio e de indignação a esse cenário.
É uma forma de dizer basta dessa cultura de guerra! Chega!
Por uma cultura da paz!
Desarmamento já!
Desnazificação já!
Pela punição efetiva aos que incitam ao ódio!
Chega, em nome da vida!
Dos que lutam pela vida e pelo direito de existir!
Soubemos que após oito anos se dedicando ao ensino, à pesquisa e à extensão na Unirio, a professora Elizabeth Sara Lewis, da Escola de Letras, foi informada pela reitoria que terá sua posse anulada. A docente tem uma atuação destacada na instituição, tendo exercido ao longo do período as funções de coordenadora do curso de Licenciatura, membro do Conselho de Centro, membro do Núcleo Docente Estruturante do curso de Licenciatura em Letras e presidenta da seção sindical, Adunirio. Além disso, alcançou distinção como pesquisadora, carregando consigo o nome da Unirio ao receber o reconhecimento externo pelo seu brilhantismo e empenho. Participou também de projetos de extensão de impacto significativo na comunidade, atuando ainda na Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) e no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe).
A Adunirio, com auxílio da sua assessoria jurídica, tentou dialogar com a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) e a Procuradoria Geral para buscar uma solução para o caso. Indicamos mais uma vez que a Unirio poderia atuar com seu aparato burocrático para defender o desenvolvimento institucional, defender os interesses da comunidade universitária e buscar o melhor caminho para evitar a escalada nos conflitos internos. Infelizmente, porém, vemos novamente a reitoria optar pelo caminho autoritário, que neste caso resulta numa renúncia injustificada da universidade à experiência acumulada de oito anos de trabalho e em mais uma contribuição para a “fuga de cérebro” de uma instituição pública nacional.
Há um processo jurídico em torno da admissão da docente devido ao fato de que o concurso no qual a professora fora aprovada em primeiro lugar exigia, para candidatos estrangeiros, o visto permanente no ato da posse, 30 dias após a nomeação. Entretanto, o visto permanente só podia ser solicitado após a nomeação, e demorava até 90 dias para ser confeccionado, efetivamente impedindo a posse da professora. Ainda assim, a professora conseguiu garantir a obtenção do documento dentro do tempo determinado, mas a Unirio se recusa a reconhecê-lo no processo.
A Escola de Letras lançou carta no fim de maio deste ano lamentando a postura da reitoria e solicitando “que qualquer decisão administrativa referente ao caso seja precedida de ampla divulgação de suas motivações à comunidade acadêmica, e do esclarecimento quanto aos esforços tomados para solucionar o caso de maneira favorável à universidade, o que certamente contará com nossa contribuição e mobilização para que a professora permaneça em nossos quadros”. Nós da Adunirio, depois de todos esforços que fizemos para buscar uma solução com a reitoria, reforçamos essa reivindicação da Escola de Letras para que o debate seja feito, então, de forma aberta com a comunidade e que a Unirio assuma as consequências de mais uma decisão desastrosa que intensifica o clima conflitivo na universidade.
En santiago del Estero siguen las amenazas y la violencia a quienes defendemos la tierra.
Repudiamos las amenazas al Cura campesino RUBEN LASSAGA por defender la tierra.
Nós, do Observatório da Educação Ambiental Brasileira (OBSERVARE), manifestarmos nossa tristeza e consternação pela morte brutal do professor Getúlio Dornelles Larratéa, incansável defensor da vida e do meio ambiente em Florianópolis. Professor aposentado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Getúlio era um inovador metodológico no curso de Nutrição, além de ser um guardião do Sertão do Peri, em Florianópolis, denunciando as irregularidades das ocupações e na constante defesa da região.
No dia 2 de junho, em plena semana mundial do meio ambiente, o professor foi vítima de violência em sua residência, com a necropsia registrando inúmeras lesões corporais causadas pelo ódio propagado para aqueles que estão na base estrutural da necropolítica e do negacionismo ambiental.
Manifestamos nosso pesar aos familiares e somamo-nos à luta por justiça, continuando a luta ambientalista, a defesa da agroecologia, da soberania alimentar e em defesa da VIDA!
Seja nos sumiços nas rotas amazônicas ou nas regiões catarinenses, de norte ao sul, leste ao oeste, o Brasil testemunha as violências com um grito de indignação, com solidariedade e brados de resistência ecologista!
No Acampamento Terra Livre 2022, Doto Takak Ire falou à Pública sobre mineração ilegal, impacto das ações do governo para os povos indígenas e efeitos da emergência climática
Por Laura Scofield
Mesmo homologada desde 1993, a terra indígena Menkragnoti, onde vive o povo de Doto Takak Ire, os Kayapó, além de dois grupos de indígenas isolados, não está segura. A liderança conta que o garimpo ilegal vem crescendo desde 2019, o que forçou a criação de bases de vigilância nas fronteiras. Além do perigo do garimpo, as mudanças climáticas, diz, também estão se fazendo sentir, mudando o regime de chuvas e afetando o cotidiano dos habitantes tradicionais daquelas terras.
Nos quase 5 mil hectares da TI Menkragnoti, que compreende os estados do Pará e Mato Grosso, vivem cerca de 1.200 indígenas — o povo Mebêngôkre Kayapó Mekrãgnoti divide o espaço com os isolados do Iriri Novo e de Mengra Mrari. Doto Takak Ire cresceu na aldeia Pukany e, por 20 anos, trabalhou com a Funai na proteção de suas terras e direitos. Porém, se distanciou quando, sob o governo Temer, “a Funai foi enfraquecendo e eu comecei a pagar para trabalhar”.
Hoje a liderança Kayapó vive fora da aldeia e trabalha como relações públicas do Instituto Kabu, que desenvolve projetos e ações em 12 aldeias nas TIs Baú e Menkragnoti. Eram 14, mas em 2019 duas aldeias deixaram o Instituto depois de terem feito acordos pró-mineração.
Cercados pelos mineradores, os Kayapó criaram bases de vigilância para monitorar e diminuir o estrago. Hoje existem seis bases e planos para que outras sejam construídas nas duas TIs. Toda semana, um grupo de seis indígenas segue o rio e monitora os locais de risco portando suas armas tradicionais e se guiando a partir dos aprendizados provenientes de capacitações sobre a forma de abordagem, oferecidas pelo Ibama de 2010 a 2019 — com a chegada do governo Bolsonaro, o programa também foi paralisado. Como parte do Programa de Proteção Territorial, os guerreiros abordam e dialogam com os invasores, além de monitorar os resultados via satélite.
“A gente está vendo que está na cara, o governo quer abrir espaço, quer abrir a terra indígena. Só com o anúncio dele, o garimpo aumentou e a destruição aumentou”, afirma Doto Takak Ire ao criticar o PL 191/2020, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados e pretende liberar a mineração e a geração de energia elétrica nas terras tradicionais, sem a garantia de que os habitantes dos territórios tenham poder de decidir sobre o futuro de suas comunidades. “Se for o caso do Congresso aprovar [o PL 191], a gente vai ter que ir ao Supremo, pedir pro Supremo barrar esse papel que quer destruir o nosso futuro, o nosso sonho.”
A Agência Pública conversou com Doto Takak Ire na 18ª edição do Acampamento Terra Livre, organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. Durante 10 dias, entre 4 e 14 de abril, povos indígenas de todo o país se reúnem para debater e pressionar as autoridades em defesa de seus territórios.
Como alguém que trabalhou na Funai, como você vê a diferença da Funai de antes do governo Bolsonaro e de agora?
Antigamente, a Funai ajudava os povos indígenas, ajudava na fiscalização, ajudava a proteger a floresta. Mas depois quando o Bolsonaro assumiu, a Funai não existe mais e não está atuando mais nas aldeias.
Antes do [governo de Jair] Bolsonaro, a Funai havia criado uma CTL, que é a Coordenação Técnico Local, em que até os funcionários que eram chefes de posto atuavam nas aldeias. A nova gestão tirou todos os chefes de posto e levou para o município mais próximo, e dali a Funai começou a enfraquecer, começou a faltar dinheiro na CTL e a administração da época passou para a coordenação regional, aí que as coisas mudaram.
Em que momento você decidiu parar de atuar junto a Funai?
Tinha muito problema interno e a pressão dos garimpeiros e madeireiros, que achavam que a Funai que autorizava eles a entrar, era quem mandava ali. Eu não pude levar essa pressão dos madeireiros e dos garimpeiros e tive que sair, [pensei]: ‘não vou me arriscar aqui, e também ao mesmo tempo ninguém está dando apoio, a coordenação regional não está dando apoio, então tenho que sair’. Por isso que eu saí. E hoje você está vendo que a Funai não está indo para a aldeia, não está visitando as aldeias, não está construindo mais projetos etnosustentáveis. A Funai parou de ajudar as pessoas que estão defendendo a floresta.
Eu falei isso para o presidente e para os diretores da Funai, falei para eles que eles só estão ajudando quem está com atividade ilícita, só dão ouvido para quem está envolvido com essas atividades. E ele não respondeu nada.
A Funai também está fazendo política entre os povos Kayapó. Por exemplo, eles chegam nos indígenas e perguntam: ‘você está envolvido com garimpeiro? Com madeireiro?’. Aí os funcionários falam: ‘você tem que fazer isso, isso e isso’. [Depois falam dos indígenas que estão protegendo] e começam a usar um contra o outro, falam que as ONGs estão ganhando muito dinheiro nas costas dos indígenas e que eles têm direito sim de explorar ouro, madeira. A Funai não vê a lei. A extração de ouro e madeira dentro da Terra Indígena é proibida por lei.
Duas aldeias saíram recentemente do Instituto Kabu, porque elas foram cooptadas para a mineração. Como isso afeta a relação de vocês lá?
Fica muito ruim, fica muito ruim para quem está lutando pela defesa da floresta. Sabe por quê? Eu estou defendendo aqui e você quer derrubar [a floresta], então vai ser uma briga entre nós dois. Se eu não deixo você derrubar, mas você quer derrubar, vai ter uma briga. Isso está acontecendo, está causando problema. É o papel da Funai chegar naquela comunidade, naquela liderança e conversar com os dois para pedir as pazes. Antigamente a Funai fazia assim, ela ia lá na aldeia, conversava com a liderança, ajudava a expulsar os garimpeiros, mas hoje não.
Antes a Funai fazia as pazes e hoje ela estaria fazendo o contrário?
O contrário. Fazendo outra liderança brigar com outra. A gente não quer destruir a floresta. Agora o governo, a Funai, eles querem derrubar a floresta. Está bem claro que o governo Bolsonaro está usando a minoria contra a maioria.
Como a não renovação do PBA [Plano Básico Ambiental – Componente Indígena] em 2020, dinheiro que vinha da compensação das obras da BR 163, afetou a manutenção dos projetos e a segurança financeira dos indígenas da sua terra? Pode explicar isso melhor?
O PBA era pra ser executado, mas quando o Bolsonaro assumiu ele cortou. O que ocorreu? O presidente da Funai, que acredita que as organizações não-governamentais são das ONGs de fora [do país], mandou o pessoal investigar o Kabu, mas eles não encontraram nada. O próprio investigador descobriu que o problema está na Funai, mas ele [Marcelo Xavier, presidente da Funai] nunca foi atrás. Então a gente paralisou a BR 163 para tentar negociar, mas o presidente da Funai não foi lá. Em vez de ajudar, ele fez um pedido de ação contra minha pessoa, pensando que eu mandei paralisar a BR 163 para garantir o meu direito. Mas não é.
E como está este processo contra você?
Já foi arquivado.
Sem a ajuda da Funai no combate à mineração, como vocês tentam impedir que mais gente vá por esse caminho?
Eles [os que apoiam a exploração das terras] são minoria, são fraquinhos. Agora os [indígenas kayapó da aldeia Gorotire, localizada na TI Kayapó, que têm mineração em suas terras] estão chegando aí no ATL, eles estão aí, fizeram uma reunião ontem, eles estão afim de fechar o garimpo porque eles estão vendo que o efeito está acontecendo. Eles não estão pescando mais, [por conta da] contaminação do rio, dos peixes e dos animais. Chegou o momento que eles querem apoio, eles estão pedindo apoio para fechar o garimpo.
Mesmo sendo ilegal, a mineração em terras indígenas continua acontecendo. Ainda assim, existe o PL 191, que vai tornar mais fácil que esse tipo de empreendimento cresça dentro dos territórios. Qual é a importância de se posicionar contra isso?
É muito importante. É muito importante para quem está defendendo a floresta. A gente está vendo que está na cara, o governo quer abrir espaço, quer abrir a terra indígena. Só com o anúncio dele, o garimpo aumentou e a destruição aumentou.
Hoje com a tecnologia a gente grita, quando eu falo uma coisa aqui, você copia e já manda para outros, já manda para outros, já manda para outros. [Derrotar o PL é] muito importante para quem está precisando e pedindo ajuda. Tem muitos parentes que não têm terra para sobreviver. Eles precisam de ajuda, eles precisam dessa defesa. A preocupação é de todos. Quem está pegando dinheiro fácil [com a mineração] acha que é bom, mas pode trazer problemas para o futuro da família dele.
Qual a importância do Acampamento Terra Livre no meio disso?
A gente está junto aqui para ajudar os parentes que estão necessitando de uma terra, de uma floresta para sobreviver, porque o Bolsonaro não está demarcando… Esse ano, vai ter também [o julgamento do] Marco Temporal, e eu vou trazer a minha família todinha, meu filhinho vai andar aqui para aprender, para no futuro ver alguma imagem e dizer ‘pai, eu era criança e eu vi isso’. É muito importante esse encontro. Espero que essa luta vá passando de gerações para gerações.
Agora há um outro tema, que é sobre mudanças climáticas. Como você percebe essa mudança do clima lá na floresta?
A gente está vendo que o clima realmente está mudando. Não está chovendo na época da chuva, está chovendo fora da época, igual carnaval fora da época, entendeu? Muita gente está tendo que aprender como é que a gente [indígenas] faz para manter essa floresta em pé. Espero que as lideranças continuem defendendo a floresta para mais ou menos manter o clima no nível, mas realmente está mudando muito. Chuva fora da época da chuva, fora da época do verão. Tá tendo isso e a gente sabe que não somos nós que estamos desmatando. A gente é defensor da floresta e estamos vendo que realmente mudou.
Ou seja, não são vocês que estão causando isso, mas já está gerando efeito em vocês?
Isso.
Essa mudança das chuvas afeta de alguma forma as atividades no território?
Eu não fico muito na aldeia, só vou na época de final do ano ou meio de férias. Mas a gente vê que antes os Kayapó não frequentavam o rio Pixaxá. Depois de 20 anos, os Kayapó voltaram a frequentar, porque é o limite da terra indígena, entre o branco e a TI.
Quando a gente chegou lá não tinha peixe nenhum, mas cinco anos depois, com a presença dos Kayapós, que prenderam barco, prenderam arma, prenderam caça e pesca dos caras, cinco anos depois a gente viu os efeitos e que os peixes voltaram. Com o desmatamento, com a destruição dos peixes e pesca predatória, a gente vê o efeito sim. Antes não tinha peixe, hoje se for lá você vai ver bastante peixe.
Então os conhecimentos indígenas dos Kayapó estão conseguindo recuperar algumas partes antes desmatadas?
Algumas partes do limite da TI, a gente continua conservando, a gente vai continuar, a gente vai lutar. As plantações de soja se aproximaram, encostou na TI e os venenos vão para o rio na época da chuva, então a gente está defendendo e a gente vai continuar com as criações das bases nos locais críticos, onde tem invasores. Depois que a gente criou as bases, não estão chegando mais as pessoas que estão destruindo.
Estão acontecendo várias reuniões internacionais, nas quais vários indígenas foram para falar sobre mudanças climáticas e como a gente pode parar isso. O senhor acha que o caminho para a gente superar esse processo está em ouvir os conhecimentos indígenas e entender que vocês sabem o que fazer ali, que são capazes de cuidar disso do jeito de vocês?
Realmente a gente pode usar esse nosso conhecimento para ajudar muito mais ainda. Não adianta você chegar lá e querer mandar nas TI, somos nós que temos esse conhecimento, a gente tem experiência. Eu acho que é muito importante falar das mudanças climáticas com a gente, a gente está vendo os efeitos e que realmente o clima mudou.
O senhor falou que a tecnologia permite que o que você fala aqui vá para outros lugares, chegue em mais pessoas. Nesse ano temos tanto as eleições, quanto a votação do PL 191, Marco Temporal, muitas pautas importantes e relevantes para defender os povos indígenas. Quais são as mensagens que o senhor gostaria de deixar para as pessoas, também não-indígenas, e para os deputados que vão decidir isso?
Eu vou deixar a mensagem aqui pros parentes, e pros não-parentes, que vamos lutar, vamos dar exemplo, vamos lutar junto para ajudar a barrar esse processo. É um processo criminoso, e, se for o caso do Congresso aprovar [o PL 191], a gente vai ter que ir ao Supremo, pedir pro Supremo barrar esse papel que quer destruir o nosso futuro, o nosso sonho. Isso eu peço para os parentes indígenas e não-indígenas, ajudar a fortalecer o nosso acampamento Terra Livre.
E, por favor, gente, vamos lutar, vamos não voltar mais no Bolsonaro, vamos votar no Lula, para ver se pelo menos ele respeita e dá ouvido pra gente.
Também existem muitas críticas ao ex-presidente Lula por parte do movimento indígena, que afirma que ele poderia ter feito mais pelos povos. Como está sendo a negociação para garantir que, caso eleito, ele priorize os povos indígenas?
A gente vai ter que elaborar um documento para ele assinar, fazer um compromisso com os povos indígenas, não só nós Kayapós, mas com o indígena do Brasil inteiro. Tem que fazer compromisso com os indígenas, porque são os primeiros habitantes do Brasil.
A gente está tentando trazer ele pra cá e ele assinar antes, fazendo um compromisso. Não do passado, porque no passado ele fez a barragem de Belo Monte, destruiu as famílias lá e acabou com o sonho das famílias que estão sofrendo lá. Ele errou. Eu sei que se eu errar, eu vou aprender com isso, mas tem gente que erra e nunca vai aprender. Espero que Lula entenda isso e aprenda com o erro.
Créditos de imagens
Andressa Anholete/Agência Pública
*Colaborou: Matheus Santino
*Esta reportagem faz parte do especial Emergência Climática, que investiga as violações socioambientais decorrentes das atividades emissoras de carbono – da pecuária à geração de energia. A cobertura completa está no site do projeto.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, concedeu a medalha do mérito indigenista ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e a mais dez ministros do governo federal. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (16). A condecoração é concedida a pessoas que se destacam pelos trabalhos de proteção e promoção dos povos indígenas brasileiros.
Entre os ministros agraciados, estão o próprio Torres, Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e os generais Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Braga Netto (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Leia a portaria e a lista completa de agraciados com a medalha:
Despacho com lista de agraciados com Medalha do Mérito Indigenista / Reprodução/Diário Oficial da União
Apib denunciou retrocessos na política indigenista
Em 2021, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) divulgou o Dossiê Internacional de Denúncias, no qual demonstra como o discurso de ódio do presidente foi transformado em política de estado. Ou seja, as ações e omissões do governo resultaram em mais violência e conflitos nos territórios indígenas.
O desmonte das políticas voltadas aos povos indígenas é relatado a partir da própria Fundação Nacional do Índio (Funai). De órgão governamental responsável pela proteção e promoção dos direitos indígenas, foi transformado em uma agência ineficaz, sem recursos humanos, técnicos e financeiros, aponta o dossiê.
Com o dossiê, a Apib pretende ampliar a disseminação de informações sobre os pedidos de socorro dos povos indígenas no Brasil. Na última semana, a instituição protocolou denúncia perante o Tribunal Penal Internacional, em Haia, pedindo a investigação de Bolsonaro por crimes de genocídio e ecocídio. E agora o dossiê traz uma análise ampla, para expor ao mundo a agenda anti-indigenista que avança no Brasil.
Em abril de 2020, uma das coordenadoras da Apib, Sonia Guajajara, foi intimada a explicar à Polícia Federal a webserie Maracá, produzida para denunciar o cenário de ataques e violações de direitos dos povos originários durante a pandemia de covid-19. Lançada durante live internacional, a série contou com apoio de artistas e personalidades de todo o mundo.
Outro tema apoiado pelo governo está em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se da tese do “Marco Temporal”, defendida nos autos do Recurso Extraordinário (RE) n.º 1.017.365, que envolve os povos Xokleng, Kaingang e Guarani da TI Xokleng La Klaño, em Santa Catarina.
Os ministros deverão determinar a tese que deverá ser aceita no país. De um lado, o direito originário dos povos indígenas à terra, independentemente do período que tiveram domínio sobre ela. De outro, o “Marco Temporal” defendido pelos ruralistas. Nessa tese, terá direito à terra os povos que puderem comprovar que tinha sua posse no dia 5 de outubro de 1988.
A decisão terá impacto em diversos processos, podendo intensificar ou acabar com os conflitos por demarcação de terras e por disputas entre garimpeiros, mineradores, desmatadores e grileiros.
Ativista foi atacada e criticada após fala de Bolsonaro
Um dos casos que ilustra a política anti-indígena de Bolsonaro é o ataque sofrido pela ativista Txai Suruí, que se tornou alvo de bolsonaristas após criticar a política ambiental do governo na COP-26, evento global da Organização das Nações Unidas (ONU): "Quando voltei da COP, um carro me perseguiu em Porto Velho. Isso me assusta", disse.
Em entrevista ao Brasil de Fato Entrevista, a ativista falou sobre as ameaças desde sua participação na COP. As agressões nas redes foram motivadas pelas falas do presidente da República, que criticou o discurso de Txai Suruí nas redes sociais.
“As pessoas acham que a internet é terra sem lei e às vezes parece mesmo. Mas a preocupação de fato veio quando a gente voltou aqui para Porto Velho. Fui no mercado com meu marido e um carro estava seguindo a gente, acompanhando a gente bem devagarzinho, tinha vidro fumê, então eu não conseguia ver quem era, mas foi claramente uma intimidação. Então aquilo sim, me assustou um pouco”, completa a ativista.
Mais de 60 entidades, organizações e lideranças ligadas à educação ambiental no Brasil publicaram um manifesto, na noite de terça-feira (8), contra a nomeação da nova diretora de Educação e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Cristiane Lemos Batista de Freitas.
O Brasil de Fato revelou, em reportagem publicada na manhã de terça, que a profissional nunca trabalhou com o tema. Freitas era assessora da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e chegou a ter outros cargos de confiança no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em seu currículo, disponível no site do governo federal, não consta nenhuma experiência profissional ou acadêmica no tema do meio ambiente ou da preservação. Também não há referências a qualquer conhecimento no campo da educação e da cidadania. Leia a íntegra.
Em reação à escolha de Freitas, as organizações ligadas à educação e cidadania ambiental apontam que "é de ficar abismado com a escolha política em um cargo tão nobre". As entidades citam o fato de a assessora defender o armamento da população brasileira.
"Compreendemos a nomeação como um escárnio, como um desrespeito aos profissionais do campo ambiental comprometidos com a educação ambiental. Esta nomeação é um ato de violência simbólica, operando como uma manifestação de cruzada cultural antiecológica. O resultado é a perplexidade dos coletivos educadores do país, já que é um cargo de suma importância à gestão da educação ambiental brasileira", diz o texto.
Entre os signatários, estão o deputado estadual do Rio de Janeiro, Carlos Minc (PSB), o deputado estadual do Mato Grosso, Lúdio Cabral (PT), e os deputados federais Nilto Tatto (PT-SP) e Paulo Pimenta (PT-RS).
"Ser praticante de tiro em nada qualifica a pessoa para atuar em educação ambiental. Ademais, entendemos como profundo desrespeito às mulheres e de intenso escárnio expor esta mulher a esta situação vexatória, que também é vítima da necropolítica nefasta do governo atual, que ataca sistematicamente todas as formas de vida", afirma o manifesto, sobre os posicionamentos pró-armamento da nova diretora do Ministério do Meio Ambiente.
"O governo bolsonarista também utiliza as mulheres e suas representações de luta pela justiça histórica, e arduamente construídas, como mais uma forma de apropriação. De maneira a esvaziar suas contribuições para atender fins políticos que são humilhantes à vida e sua diversidade", dizem as organizações. Para ler a íntegra, clique aqui.
Leia o nome das entidades e organizações signatárias:
ARAUCÁRIAS - Rede de EA a partir dos Campos de Cima da Serra e Hortênsias -UERGS/RS;
Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental, ANPPEA;
Associação Alternativa Terrazul;
Associação Brasileira de Agroecologia, ABA-agroecologia;
Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências ABRAPEC;
Associação Defensores da Terra - RJ;
Associação dos Docentes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, ADUNIRIO;
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso - ADUFMAT - S.Sind.;
Ateliê do Conhecimento;
Centro de Estudos Ambientais (CEA);
Associação dos Defensores da Terra;
Conferência Livre de Meio Ambiente e Agricultura do RJ, CLEMAARJ;
Coletivo Amigos do Pantanal;
Defensores do Planeta;
Deputado Estadual Carlos Minc, Partido Socialista Brasileiro, RJ;
Deputado Estadual Lúdio Cabral, Partido dos Trabalhadores, MT;
Deputado Federal Nilto Tatto, Partido dos Trabalhadores, SP;
Deputado Federal Paulo Pimenta, Partidos dos Trabalhadores, RS;
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, FBOMS;
Fórum de Direitos Humanos e da Terra, FDHT;
Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento, FORMAD;
Frente Ampla Democrática Socioambiental - FADS;
Fundo Brasileiro de Educação Ambiental - FUnBEA;
Grupo de Articulação da Audiência Pública no Senado Federal;
Grupo de Educação Ambiental desde el Sur, GEASur-UNIRIO;
Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar (GESMAR);
Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis - GEPEAS (UESB);
Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade - GEPEADS/UFRRJ;
Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade - GEPEADS/UFRRJ;
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental, GEA/UFJF;
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental Dialógica, Educação Intercultural, Educação e Cultura Popular, Gead-UFC;
Grupo de Estudos e Pesquisa em Interculturalidade e Educação em Ciências - GEPIC;
Grupo de Estudos em Educação e Meio Ambiente, GEEMA;
Grupo de Estudos em Educação, Cultura, Ambiente e Filosofia - GEECA;
Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Cultura da Sustentabilidade (GPEACS/UFPR);
Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Ensino de Ciências (GPEAECUFRJ);
Grupo de Pesquisa em Educação e Território (GPET)-UFSM;
Grupo de Pesquisa em Trabalho-Educação e Educação Ambiental - GPTEEA do IFRJ;
Grupo de Trabalho 22, Educação Ambiental - ANPED;
Grupo Infâncias, Tradição Ancestral e Cultura Ambiental- GiTaKa, UNIRIO;
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte, GPEA-UFMT;
Instituto Calanam;
Instituto Caracol - ICARACOL;
Instituto Ecoar para a Cidadania;
Laboratório de Educação e Política Ambiental, OCA-ESALQ-USP;
Laboratório de investigações em educação, ambiente e sociedade - LIEAS/UFRJ;
Movimento dos Educadores Socioambientais - MG;
Mulheres do Hip Hop - MT;
Observatório da Educação Ambiental, Observare;
Observatório de Governança das Águas;
Rede Brasileira de Educação Ambiental, Rebea;
Rede Capixaba de Educação Ambiental;
Rede de Educação Ambiental da Serra dos Órgãos;
Rede de Educação Ambiental da Zona Oeste do RJ;
Rede de Educação Ambiental do Oeste da Bahia;
Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro, REARJ;
Rede de Educadores Ambientais da Baixada de Jacarepaguá;
Rede Internacional de pesquisa em decolonialidade Educação em Ciências e Tecnologia, RIEDECT;
Rede Internacional de Pesquisa em Educação Ambiental e Justiça Climática, REAJA;
Rede Lusófona de Educação Ambiental, REDELUSO;
Rede Mato-grossense de Educação Ambiental, REMTEA;
Rede Paraense de Educação Ambiental;
Rede Paranaense de Educação Ambiental -REA-PR;
Rede Paulista de Educação Ambiental, REPEA;
Secretaria de Mulheres do Partido dos Trabalhadores-MT;
Territórios de Aprendizagens Autopoiéticas.
Edição: Vivian Virissimo
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MOÇÃO DE INDIGNAÇÃO
No dia 8 de março de 2022, Dia Internacional da Mulher, nós, educadoras e educadores do Brasil, fomos surpreendidos pela indicação da nova diretora de Educação e Cidadania Ambiental no Ministério do Meio Ambiente.
Compreendemos a nomeação como um escárnio, como um desrespeito aos profissionais do campo ambiental comprometidos com a educação ambiental. Esta nomeação é um ato de violência simbólica, operando como uma manifestação de cruzada cultural antiecológica. O resultado é a perplexidade dos coletivos educadores do país, já que é um cargo de suma importância à gestão da educação ambiental brasileira. Após o impacto do relatório climático, com o criminoso exemplo de Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, entre outros, o mínimo que necessitamos é uma personalidade com experiência nos processos pedagógicos, que oriente a sociedade sobre o valor da vida e não de uma atiradora esportiva, com armas que eliminam vidas, ao invés de protegê-las.
Somente um governo ecocida e negacionista acata e nomeia uma pessoa sem nenhuma trajetória, sem nenhum conhecimento das redes, dos grupos, dos observatórios e dos coletivos da educação ambiental, brasileira e latino-americana. É de ficar abismado com a escolha política em um cargo tão nobre.
Ser praticante de tiro em nada qualifica a pessoa para atuar em educação ambiental. Ademais, entendemos como profundo desrespeito às mulheres e de intenso escárnio expor esta mulher a esta situação vexatória, que também é vítima da necropolítica nefasta do governo atual, que ataca sistematicamente todas as formas de vida. O governo bolsonarista também utiliza as mulheres e suas representações de luta pela justiça histórica, e arduamente construídas, como mais uma forma de apropriação. De maneira a esvaziar suas contribuições para atender fins políticos que são humilhantes à vida e sua diversidade.
É preciso parar o bolsonaro! Ele é um enorme risco à integridade da Terra - é uma ameaça à Amazônia e de tantos outros biomas brasileiros e internacionais. bolsonaro e damares estão bombardeando nosso país com milícias oficiais de violência e de desmonte de políticas públicas conquistadas à base de muito trabalho, muita ética e muito compromisso com todos os sistemas interconectados da Terra, sejam geofísicos, biológicos ou tecnológicos.
bolsonaro e damares avançam no ataque ao meio ambiente e à diversidade de vidas. Manifestamos nossa profunda indignação a mais uma afronta e desrespeito à luta ambientalista.
FORA bolsonaro!
Chega!
jair já deu!
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As entidades encaminhadas ao Ministério do meio Ambiente foram 66, assinadas até o dia 08.03.22 as 23h., conforme menciona a matéria MARAVILHOSA do jornalista Paulo Motoryn, no Brasil de Fato. As demais assinaturas estão agrupadas com as 66, listadas no total abaixo, assinadas via formulário eletrônico, posterior a data.
ENTIDADES SIGNATÁRIAS
Observatório da Educação Ambiental, Observare
Ação Clima Popular
ARAUCÁRIAS - Rede de EA a partir dos Campos de Cima da Serra e Hortênsias -UERGS/RS
Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental, ANPPEA
Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente, APEDEMA-RJ
Associação Alternativa Terrazul
Associação Brasileira de Agroecologia, ABA-agroecologia
Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências ABRAPEC
Associação Comunitária Educacional Radiofônica de Desenvolvimento Agro-Rural Teresópolis, ACERDAT RJ
Associação Cultural Cabralia Arte e Ecologia - ASCAE
Associação de Defesa e Promoção dos Direitos da Pessoa Com Deficiência, ADEFIMPA-RJ
ASSOCIAÇAO DE EDUCADORIES NEGRAS DE SANTA CATARINA - AENSC
Associação de Educadories Negres de Santa Catarina
Associação de Meio Ambiente, Inovação e Sustentabilidade - AMAIS
Associação de Preservação Ambiental das Lagunas de Maricá - Apalma
Associação Defensores da Terra - RJ
Associação dos Criadores de Abelhas Nativas e Exóticas e Agricultores Familiares Agroecológicos/Orgânicos - ACAMPAR-RJ/ORGÂNICOS
Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso - ADUFMAT - S.Sind.
Associação dos Docentes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, ADUNIRIO
Associação Guaçuiense de Proteção Ambiental - AGUAPAM
Associação ONDA VERDE PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE
Associação para Proteção Ambiental de São Carlos - APASC
Ateliê do Conhecimento
BIOMA - Assessoria Socioambiental
CAN - Cineclube Atlântico Negro
Centro de Estudos Ambientais (CEA)
Centro de Integração Social Inzo Ia Nzambi - CISIN
Coletivo Amigos do Pantanal
Collectif Alerte France Brésil / MD18
Conferência Livre de Meio Ambiente e Agricultura do RJ, CLEMAARJ
Defensores do Planeta
Deputada Federal Taliria Petrone, Partido Socialismo e Liberdade, PSOL-RJ
Deputado Estadual Carlos Minc, Partido Socialista Brasileiro, PSB-RJ
Deputado Estadual Lúdio Cabral, Partido dos Trabalhadores, PT-MT
Deputado Estadual Roberto Cupolillo Betão, Partido dos Trabalhadores, PT-MG
Deputado Federal Chico Alencar, Partido Socialismo e Liberdade, PSOL-RJ
Deputado Federal Nilto Tatto, Partido dos Trabalhadores, PT-SP
Deputado Federal Paulo Pimenta, Partidos dos Trabalhadores, PT-RS
Diretório Acadêmico do instituto de Biociências (DAIB)
ECOSBRASIL - Associação Ecológica de Cooperação Social
Equipe de Educação Ambiental da UEFS EEA
Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais, FBOMS
Fórum de Direitos Humanos e da Terra, FDHT
Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento, FORMAD
Forum Nacional de Proteção e Defesa Animal
Frente Ambientalista da Baixada Santista - FABS
Frente Ampla Democrática Socioambiental - FADS
Fubá Educação Ambiental
Fundo Brasileiro de Educação Ambiental - FUnBEA
Grupo Ambientalista da Bahia-Gambá
Grupo Ambientalista Natureza e cia. GANC
Grupo de Articulação da Audiência Pública no Senado Federal
Grupo de Educação Ambiental desde el Sur, GEASur-UNIRIO
Grupo de Estudos Ambientais da Serra do Mar (GESMAR)
Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis - GEPEAS (UESB)
Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Ambiental, Diversidade e Sustentabilidade - GEPEADS/UFRRJ
Grupo de Estudos e Pesquisa em Interculturalidade e Educação em Ciências - GEPIC
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental Dialógica, Educação Intercultural, Educação e Cultura Popular, Gead-UFC
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental, GEA/UFJF
Grupo de estudos em educação ambiental e educação campesina- GEAC/IFMT
Grupo de Estudos em Educação e Meio Ambiente, GEEMA
Grupo de Estudos em Educação, Cultura, Ambiente e Filosofia - GEECA
Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Cultura da Sustentabilidade (GPEACS/UFPR)
Grupo de Pesquisa em Educação Ambiental e Ensino de Ciências (GPEAECUFRJ)
Grupo de Pesquisa em Educação e Território (GPET)-UFSM
Grupo de Pesquisa em Psicologia e Políticas Públicas - Universidade Católica de Santos
Grupo de Pesquisa em Trabalho-Educação e Educação Ambiental - GPTEEA do IFRJ
Grupo de Pesquisa Jornalismo Ambiental, GPJA UFRGS-CNPq
Grupo de Pesquisa Sociedades, Ambiente e Ação Pública
Grupo de pesquisa Tecituras entre educação em ciências, narrativas, socioambiente e culturas
Grupo de Trabalho 22, Educação Ambiental - ANPED
Grupo Infâncias, Tradição Ancestral e Cultura Ambiental- GiTaKa, UNIRIO
Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte, GPEA-UFMT
Instituto 5 Elementos - Educação para a Sustentabilidade
Instituto Calanam
Instituto Caracol - ICARACOL
Instituto Ecoar para a Cidadania
Instituto Ecoflora de Atividades Ambientais
Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais - InGá
Instituto MIRA-SERRA
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Instituto Terreiro Sustentável
IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas
Laboratório de Ações e Pesquisas em Educação Ambiental - LAPEAr
Laboratório de Educação e Política Ambiental, OCA-ESALQ-USP
Laboratório de investigações em educação, ambiente e sociedade - LIEAS/UFRJ
Laboratório de Práticas de Educação Ambiental do Departamento de Educação UNEB Campus X
Laboratórios de Inteligência do Ambiente Urbano de Porto Alegre - LIAU/POA
Manguezarte ( flor&tar) Alcobaça BA
Maré Socioambiental
Movimento Contra as Agressões à Natureza - MoCAN
Movimento dos Educadores Socioambientais - MG
Movimento Nação Vegana Brasil - NAVE BR
Mulheres do Hip Hop - MT
Nucleo de Ecojornalistas do RS NEJ-RS
Núcleo de Pesquisa e Extensão em Educação Ambiental da Universidade Federal do Sul da Bahia - NUPEEA/UFSB
Núcleo de Referência em Educação Ambiental - NUREDAM
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudo em Educação Ambiental (Nipeea)/CE/Ufes
Observatório da Educação do Campo/RS - Rede de Observatórios Regionais
Observatório de Governança das Águas
Observatório de Paisagens Antropocênicas- OBSERPA-UFSM
Ong cavalo marinho
Programa Ecoando Sustentabilidade, PES
PROIPE, Programa de Inovação Pedagógica, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM
Rakupraluaprojetos
Rede Brasileira de Educação Ambiental, Rebea
Rede Capixaba de Educação Ambiental
REDE de EA e Economia Solidária da Região Centro Sul Fluminense/ RJ
Rede de Educação Ambiental da Serra dos Órgãos
Rede de Educação Ambiental da Zona Oeste do RJ
Rede de Educação Ambiental do Oeste da Bahia
Rede de Educação Ambiental do Rio de Janeiro, REARJ
Rede de Educadores Ambientais da Baixada de Jacarepaguá
REDE DE EDUCADORES AMBIENTAIS DA REGIÃO DO MÉDIO PARAÍBA DO SUL
Rede de Jovens Pesquisadorxs-Doutorxs em Educação Ambiental
Rede Internacional de pesquisa em decolonialidade Educação em Ciências e Tecnologia, RIEDECT
Rede Internacional de Pesquisa em Educação Ambiental e Justiça Climática, REAJA
REDE JATAIAPIS AGROECOLIGIA/RJ
Rede Lusófona de Educação Ambiental, REDELUSO
Rede Mato-grossense de Educação Ambiental, REMTEA
Rede Paraense de Educação Ambiental
Rede Paranaense de Educação Ambiental -REA-PR
Rede Paulista de Educação Ambiental, REPEA
REDE RAMPA DE ACESSO LIVRE
Rede Trilha da Vida de formação em Educação Ambiental por Biomas Brasileiros - Rede Trilha da Vida.
RPPN Volta do Rio
Secretaria de Mulheres do Partido dos Trabalhadores-MT
Serra Acima – Associação de Cultura e Educação Ambiental - SerrAcima