quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Falta o ar em Invisíveis existências

 POEMA E FOTOS:
CELSO SÁNCHEZ


Cada pontinho na área pandÊmica
Carrega as moléculas do oxigênio que falta em Manaus
A praia lotada 
Rifada loteria 
Sarjeta e enfermeira
Socorro
Falta o ar
Falta a empatia
Falta a existência preenchida de sentido
Vazia como o ar que sufoca
Ausente
No corpo bronzeado do sol
Narciso sufoca 
Suicida-se no por do sol
As ondas lavam e levam o sonho de 212 mil almas testemunhas e vítimas de uma sociedade sem noção de si e do outro
Sociedade sem corpo e quase sem alma
Falta o ar pra Maria
Invisível o ar 
Falta o ar em Invisíveis existências
Falta o ar pra José 
Só existe esse Ego
Aberrante e vazio
Enterrado na área 
Em 7 palmos da existência

~ Celso Sánchez, professor da UNIRIO

*


Um comentário:

Cici disse...

Celso querido, que poema verdadeiro.
Lindo, mesmo com a triste realidade
Da falta de amor e respeito ao próximo.
Saudades!
Ciléia

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