https://permaculturalab.wordpress.com/2019/06/06/debate-consequencias-do-desmonte-e-desafios-da-politica-ambiental-na-cidade-do-rio-de-janeiro/
AGROECOLOGIA, ECOLOGIA SOCIAL, EDUCAÇÃO, JUSTIÇA AMBIENTAL, PERMACULTURA
AGROECOLOGIA, ECOLOGIA SOCIAL, EDUCAÇÃO, JUSTIÇA AMBIENTAL, PERMACULTURA
Debate – Consequências do desmonte e desafios da política ambiental na cidade do Rio de Janeiro
No dia 5/06/2019 foi realizado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro(UNIRIO) um importante debate sobre as consequências do desmonte e os desafios da política ambiental na cidade do Rio de Janeiro. Em um momento de incertezas e ataques contínuos à educação, universidades e meio ambiente, eventos desta natureza são de extrema importância para promoção de uma maior politização do debate ambiental, bem como divulgar os retrocessos em curso e as possibilidades de resistência e novas formas de organização e ação nas universidades, movimentos sociais e sociedade civil.
O debate contou com a presença do Renato Cinco (Vereador – PSOL RJ), Pedro Graça Aranha ( OS VERDES – Movimento de Ecologia Social, Roberta Donati (Instituto Permacultura Lab), Sérgio Ricardo (Movimento Baía Viva), Júlio Holanda (Assessoria de justiça socioambiental – Mandato Flávio Serafini) e Celso Sánchez (GEASur UNIRIO)
Pedro Graça Aranha iniciou o debate, trazendo um rico histórico sobre a formação e as lutas do movimento ambiental no Rio de Janeiro e no Brasil, enfatizando a importância da participação do movimento estudantil e das universidades na luta pela garantia dos direitos socioambientais da população das cidade e dos povos dos campos, florestas e águas.
Sérgio Ricardo, ambientalista e criador do movimento Baía Viva, trouxe para o debate a perspectiva das lutas e conflitos ambientais no entorno da baía de guanabara, em especial os prejuízos ambientais causados pela siderúrgica TKCSA, que traz impactos diretos na qualidade das águas e do ar da região metropolitana do Rio de Janeiro, afetando de maneira mais direta as populações mais pobres que dependem e tem seus modos de vida diretamente relacionados a baía de guanabara, como pescadores artesanais e catadores de caranguejo
Com uma explanação sobre o que é o ecossocialismo e sua importância para organizar a sociedade a partir das bases, Renato Cinco nos apresentou os desafios de se refundar a civilização, substituindo a economia que tem por objetivo o lucro, por outras formas, que visam garantir o bem-estar, gerando transformação social a partir da organização democrática, radical e horizontal como potência da população para a mudança das realidades.
Julio Holanda nos mostrou a importância de pensar as questões ambientais sobre diversas perspectivas, a partir dos povos tradicionais, da agroecologia, permacultura, justiça e racismo ambiental e questões de acesso e cuidado com a água, articulando diversas áreas do conhecimento e movimentos de base para se pensar soluções e buscar caminhos para a superação desse difícil momento.
Exaltando a importância da mobilização e formação de novas lideranças na cidade, Roberta Donati nos apontou caminhos e estratégias para a formação desses jovens, como: apoio a projetos e movimentos sociais que já atuam em defesa dos direitos humanos; criação de projetos de extensão articulados e comprometidos com a defesa dos direitos na cidade e o desenvolvimento de projetos relacionados à agroecologia e permacultura em ambientes formais e não formais de educação.
O professor Celso Sánchez, ressaltou a importância do debate e o papel da universidade pública na construção de uma sociedade sustentável, pensando a universidade como espaço de liberdade, (re)existências e de formação de uma consciência ambiental crítica capaz de fazer enfrentamento aos desafios ambientais do século XXI.
O evento foi organizado pelo: Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur(GEASur – UNIRIO), Instituto Permacultura Lab e Observatório de Educação Ambiental(OBSERVARE)
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