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Brasil é o quarto país que mais produz lixo plástico no mundo
- quarta-feira, 06 março 2019 19:31
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O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico no mundo com 11 milhões de toneladas, ao ano, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. E desse total, apenas noventa e um por cento, ou seja, mais de 10 milhões de toneladas foram coletadas. Esse é o alerta do estudo Solucionar a Poluição Plástica: Transparência e Responsabilização do WWF. A ONG compilou dados do Banco Mundial, que analisou a produção de plástico em mais de 200 países.
O levantamento afirma ainda que o Brasil produz, em média, aproximadamente 1 quilo de lixo plástico por habitante a cada semana e que recicla muito pouco. Somente 145 mil toneladas do lixo plástico gerado é reaproveitado, um índice de 1,28%, um dos menores da pesquisa que aponta que a média global de reciclagem é de 9%.
As falhas no tratamento e coleta de lixo plástico vão desde perdas na separação de tipos de plásticos até o baixo valor pago na reciclagem. Ainda segundo o estudo, 7,7 milhões de toneladas desse material plástico vão parar nos aterros sanitários e outros 2,4 milhões de toneladas são descartadas de forma irregular, sem tratamento, em lixões a céu aberto.
“É hora de mudar a maneira como enxergamos o problema: há um vazamento enorme de plástico que polui a natureza e ameaça a vida. O próximo passo para que haja soluções concretas é trabalharmos juntos por meio de marcos legais que convoquem à ação os responsáveis pelo lixo gerado. Só assim haverá mudanças urgentes na cadeia de produção de tudo o que consumimos”, afirma Maurício Voivodic, Diretor Executivo do WWF-Brasil.
Acordo internacional
Ainda segundo o estudo, desde 2000 o mundo já produziu a mesma quantidade de plástico que em todos os anos anteriores somados. Sem reciclagem, estima-se que um terço de todo o plástico descartado tenha se inserido na natureza como poluição terrestre, de água doce ou marinha. Se nada for feito, a quantidade de poluição plástica dobrará no planeta até 2030, sendo os oceanos os mais afetados.
“Baseada nos resultados desta pesquisa, o WWF pede que governos, indústrias e o público reconheçam com urgência que a abordagem mundial atual para a crise dos plásticos não está funcionando. A ausência de uma resposta sistemática eficaz, seja em nível nacional ou internacional, impede o progresso, ameaça o crescimento econômico sustentável, e tem consequências diretas para o meio ambiente, espécies e pessoas”, propõe a ONG.
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