http://cienciaviva.org.br/index.php/2020/04/19/livro-virus-simulacro-da-vida/
“A antropóloga Els Lagrou (2020), narra maravilhosamente bem sobre a história dos morcegos na tribo Huni Kuin do Acre. Este povo acredita que os humanos adoecem porque ingerimos outros seres, e a natureza lança uma espécie de feitiço “nisun”, que resulta em doenças e mortes. As pandemias não são causadas por vírus ou morcegos, senão pela própria humanidade que maltrata a floresta, desmata, queima e causa fissuras que possibilitam que as espécies fujam e disseminem doenças ao mundo inteiro”, traz um trecho da obra.
Também são tema de discussão isolamento social, sustentabilidade, ética, civilidade e Capitalismo. Com a ajuda de reflexões de pensadores renomados, os autores trazem suas próprias considerações sobre o atual sistema econômico mundial e suas consequências para os mais pobres durante períodos de emergência global como o atual.
Livro “Vírus: simulacro da vida?”
Série: CIÊNCIA, SAÚDE E CORONA VÍRUS
Artigo original de Safira Campos, GPEA, Universidade Federal de Mato Grosso.
Em parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) acaba de publicar o livro
‘Vírus: simulacro da vida?’
de autoria dos professores e pesquisadores Michèle Sato, Déborah M. Santos e Celso Sánchez.
A publicação traz discussões sobre a pandemia do novo coronavírus sob as óticas ambiental, sociológica, política e artística.
“Preocupados com a pandemia, sobretudo porque há muito desconhecimento da causa, resolvemos criar nosso caderno de balbúrdia. Além do vigor de vírus e morcegos, deixamos nosso olhar político sobre o mundo e adicionamos alguns sonhos ao amanhã pelas mãos da educação ambiental”,
informa a mensagem divulgada pelos autores.
O livro levanta questões sobre a natureza e funcionamento dos vírus e a relação entre o morcego ferradura e o novo coronavírus que se espalhou pelo mundo. Para além disso, a publicação discute a crise global de saúde sob a perspectiva sociológica e cultural de povos indígenas, como os Huni Kuin (Kaxinawa), do estado do Acre.
“A antropóloga Els Lagrou (2020), narra maravilhosamente bem sobre a história dos morcegos na tribo Huni Kuin do Acre. Este povo acredita que os humanos adoecem porque ingerimos outros seres, e a natureza lança uma espécie de feitiço “nisun”, que resulta em doenças e mortes. As pandemias não são causadas por vírus ou morcegos, senão pela própria humanidade que maltrata a floresta, desmata, queima e causa fissuras que possibilitam que as espécies fujam e disseminem doenças ao mundo inteiro”, traz um trecho da obra.
O mito do nisun não apresenta uma verdade científica, mas nos faz refletir sobre os valores e atitudes que o ser humano estabelece com aos animais e ao meio ambiente.
Também são tema de discussão isolamento social, sustentabilidade, ética, civilidade e Capitalismo. Com a ajuda de reflexões de pensadores renomados, os autores trazem suas próprias considerações sobre o atual sistema econômico mundial e suas consequências para os mais pobres durante períodos de emergência global como o atual.
A obra está disponível para download gratuito na página Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte da UFMT (GPEA).
Além do grupo, a publicação contou com a colaboração de
- Movimento Seja Vivo, Rio de Janeiro.
- Projeto Água na Peneira do Programa UFMT com a Corda Toda.
- e Projeto Educação Ambiental desde el Sur (GEAsur Unirio).
O livro é fabuloso. Parabéns!
Um grande abraço.